segunda-feira, 18 de julho de 2011

Novo grupo político é criado em Gravatá

O contabilista Marcone Bezerra reuniu-se ontem com vários presidentes de partidos de Gravatá para a discussão da formação de um novo grupo político visando lançar um candidato a prefeito nas eleições de 2012.
 

 
 

Foi criado na noite de ontem (14.07) um grupo político que tem como objetivo discutir, elaborar projetos e participar do processo político-eleitoral de 2012, inclusive lançando um dos membros do novo grupo como candidato a prefeito nas próximas eleições. Contando com a presença de representantes de 10 partidos: PP (Israel Marinho, Ronaldo Alves e Adeildo batista; PSD (Ivandeildo Barbosa e Rosemberg Ferreira), PSB (Rafael Prequé e Everaldo Gomes – da maçã que está indo para o PP junto com Marinal do PMDB), PRB (Pedro Martiniano) , PTB (José Agostinho e Doca da Cavalhada), PMN (João Vasconcelos), PT (Régis da Banca) , PV (Gustavo da Serraria), PSOL (Renato Souza e Leonildo Carlos) e do PCdoB (Marinho e Cosme Garçon), além da professora Élida Alves, representando as mulheres de Gravatá e do PSC cujo presidente Charles da Madereira, avisou que não estaria presente por conta de um compromisso com o deputado federal Cadoca, mas que na próxima reunião participaria dos trabalhos como vai participar de qualquer coisa que seja boa para Gravatá.

Além da candidatura a prefeito haverá também a discussão para a formação de uma boa chapa de vereadores e até a indicação do candidato a vice-prefeito, caso haja coligação com outros partidos, embora o projeto maior do grupo seja de fato uma candidatura majoritária na cabeça de chapa, mas isso não é impeditivo para que haja conversas com todas as forças política de Gravatá que pensam da mesma forma.
Marcone Bezerra do PP - Na abertura dos trabalhos ele deixou claro que aquele grupo não era um grupo de oposição a A ou a B e que ele nasceu espontaneamente de uma conversa que teve com Ivandeildo, onde chegaram a conclusão de que haveria espaço para um novo projeto e um novo desejo, diante da insatisfação de muitas lideranças empresariais, políticas e comunitárias que não concordam com o tipo de política dicotômica e maquiavélica que vem sendo feita em Gravatá, dividindo a população em duas cores “vermelho” e “azul” e criando feudos políticos que me nada ajuda no desenvolvimento da cidade.

Que a missão do grupo será a de discutir um novo modelo e uma nova forma de se fazer política que se privilegie as comunidades, afirmou que cada um pode apresentar as suas propostas e que os outros devem escutar e respeitar. Caso queira contestar use a sua fala para isso, mas sem ofensas, ou polêmicas, embora haja espaço para a divergência e para as opiniões diferentes.

Ivandeildo Barbosa do PSD - Depois de Marcone Bezerra foi a vez de Ivandeildo, que reafirmou as palavras de Marcone, colocando que essa nova corrente, que esse grupo que estava ali reunido tinha força suficiente para decidir a eleição com um candidato majoritário, bastaria a todos o engajamento, a força de vontade, o desejo de mudar a realidade política de Gravatá, apresentando uma proposta consistente para a população.Pedro Martiniano do PRB – Reafirmou que não tem nada contra seu irmão, que não é vermelho e nem azul, que não dá mais para engolir um bocado de coisa que é enfiada goela abaixo de todos, mas que tem a sua independência, o seu partido e que todos juntos serão uma força considerável no processo sucessório de Gravatá. Pedro voltou a dizer que está pronto para ajudar o nome que aquele grupo escolher para ser o candidato a prefeito, que não tem ambição, mas que o seu nome também está sendo veiculado na cidade como potencial candidato majoritário nas próximas eleições e que ele se coloca desde já à disposição de todos para lutar por uma Gravatá melhor. Concluiu dizendo que política é grupo, sem grupo ninguém faz política.José Agostinho do PTB - falou sobre a possibilidade de renovação dos quadros da câmara municipal de Gravatá, dizendo que a política acontece queira a gente ou não, participando ou não Gravatá vai ter prefeito, vice e agora 15 vagas de vereadores. Que era boa a chegada de muita gente jovem, nos partidos porque isso cria novo ânimo. Disse que ainda não sabe como vai ficar a sua vida política em função da crise pela qual passa o seu partido o PTB e que não podemos ser submissos a ninguém, formando este novo grupo, apresentando propostas e trabalhando para eleger o prefeito e os vereadores que vão defender os compromissos por todos aqueles que estão fazendo parte desse novo projeto. Gravatá não merece o que está passando e o povo é um monstro sem cabeça, se tem dois lados ele vai junto. Estou aqui porque fui convidado e onde me convidarem eu vou. Vamos chamar mais gente para a próxima reunião.Rafael Prequé – PSB – O filho de Luiz Preque, presidente do PSB e uma das lideranças mais expressivas do partido, afirmou que ali tinha bons partidos, boas raízes e que o grupo tinha tudo para fazer a diferença, citando que a maioria não eram de pessoas de fora que vêm para Gravatá para ocupar o lugar “da gente” na sua expressão. Que estava ali mais para ouvir e que cada partido deveria trazer palestrantes para esclarecer a população sobre os problema da cidade. Pediu que todos se compreendessem que ninguém diminuísse ninguém e que aquele grupo não era de oposição, apenas não concordava com a forma como a política vinha sendo feita. Vamos caminhar com este grupo, mas vamos fazer acontecer.Doca da Cavalhada – PTB - Reforçou a necessidade de se construir uma nova proposta para Gravatá discutindo com a periferia, tirando a centralização de poder e na área urbana e levando-a para a área rural e as áreas mais carentes. Afirmou que é partidário, coerente, que tem a fidelidade partidária e que está no poder porque o povo o colocou lá. Disse que o seu partido “tem um cara” que já foi candidato duas vezes (deduz-se que seja Bruno Martiniano) e que também ainda não tem ciência de como vai ficar o seu partido. Que está com o grupo e que é a hora de uma nova proposta e que todos juntos somarão nesse projeto.


João Vasconcelos – PMN – Lembrou que este era o segundo evento que Marcone Bezerra realizava, o primeiro foi o da vinda de Joaquim Francisco ao Rotary. Que todos deveriam buscar novos partidos e novas lideranças, que vai haver discordâncias mas que devem estar juntos para vencer os desafios. Tem condições desse grupo lançar um candidato majoritário e que isso vai ser bom para Gravatá. Que a situação de Gravatá não é só culpa de Ozano Brito – atual prefeito - é também de seu antecessor.

Cosme Garçon – PcdoB – Quando a gente entra na política a gente quer o poder. Já fui candidato três vezes não logrei êxito e que este é um momento ímpar para discutir Gravatá. Desde 2000 participa da política e não está defendendo nenhuma cor. Que quer participar deste projeto desde o início e que agora Gravatá vai ter um grupo político e uma proposta. Colocou-se à disposição para ajudar no que for preciso.Régis da Banca – PT – Estamos refém do vermelho e do azul, devemos romper esta barreira discutindo um novo projeto para Gravatá junto com a comunidade. Quando a gente for até as comunidades com nomes representativos e com uma proposta clara, com objetivos definidos ela aceitará e avalizará, ninguém está satisfeito com a situação de Gravatá, devemos convocar todos que também não estão, porque cada um tem uma idéia para dar e tem vários nomes que podem disputar a eleição como Prequé, Fernando Pinheiro e outros. Vamos multiplicar este grupo, vamos juntar mais gente e transformar o sonho em realidade. Que Deus nos ajude, que ninguém se exalte e estarei junto com todos.Marinaldo Luiz – PMDB - Escolinha da Cerâmica – Estou saindo do PMDB porque houve muitas propostas e nenhuma foi cumprida, espero que se crie uma nova cor neste momento e que Gravatá possa sair dessa situação. Fui candidato a vereador ao lado de André Rabelo e como eu outros também foram prejudicados com candidatos que desistiram como foi o caso de Ivandeildo. Ronaldo Assis – PP – Cada cabeça aqui é um mundo e todos tem um projeto a realizar, a desenvolver, um sonho. Uma das maiores covardias da política é a famosa “cauda”, onde muita gente boa, com votos fica fora da câmara porque a regra é ruim para eles. A maioria que ajuda a eleger os vereadores e o prefeito com seus votos ficam de fora, são traídos. Aqui agente arenga, tem divergências, mas temos que estar juntos neste novo projeto. A situação política nossa é tão engraçada que um dia colocaram Doca no rio e um amigo meu vendo a cena brincou dizendo que o único vereador que “anda” em Gravatá é o paraplégico, em referência a deficiência física de Doca da Cavalhada, fazendo um trocadilho engraçado, mostrando que os outros vereadores não andam. Disse que é preciso ir aonde o povo está, alertou para a vaidade que está no grupo e que todos devem aceitar a decisão do grupo (da maioria), citou Valteire: “Posso não concordar com nada do que você diz, mas morrerei lutando para defender o seu direito de dizê-lo”, e convocou todos a se unirem a se fortalecerem.Renato Souza – PSOL – Disse que era contra o sistema que estava aí instalado. Que mais parecia um galinheiro, numa alusão a que todos correm para debaixo da asa azul ou da asa vermelha. Perto da eleição todo mundo é chamado, numa eleição que participou teve poucos votos e por isso foi xingado, zombado e humilhado pelos caciques. Mas agora com esta nova proposta é possível construir uma situação diferente e político tem que ter lado. Por isso está aqui nesta reunião espera que sejam muitas e que daqui saia o candidato a prefeito e também vereadores para a Câmara.



Professora Élida – PP – É preciso que as mulheres comecem a participar do processo político,a nossa sociedade é ainda é muito machista e a mulher precisa ser ouvida, precisa ser respeitada por todos. Agostinho lembrou que vão precisar de mulheres para comporem as chapas de vereador, são 30 % para as mulheres e sugeriu que na próxima reunião cada um traga sua mulher e também outras que pretendam disputar a eleição. Continuando a professora Élida disse que a mulher fica em casa e que isso tem que mudar.

Israel Marinho – PP – pediu respeito entre os membros, alertou para não haver manobras políticas, pediu que todos combinassem as coisas para ninguém se sentir desprestigiado e se afastar do grupo que vem com uma boa proposta para Gravatá. Quem ri por último, ri melhor, lembrou e disse que vai chegar a hora desse grupo mostrar a sua força e a sua unidade.


Encerrando a primeira reunião Marcone Bezerra agradeceu a participação dos 10 partidos, e de mais de vinte pessoas, afirmou que é hora de lutar para mudar os destinos de Gravatá, convocou a todos para a próxima reunião no dia 28 de julho, no Círculo Operário, disse que “vamos crescer, vamos colocar o grupo nas comunidades, pois temos muita gente que quer essa mudança.
Para concluir lançou o slogan do grupo: “Quem não se inclui, se exclui”. 

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